terça-feira, 28 de julho de 2009

Tributo ao Senador Dinarte Mariz

Um Resgate da Memória Histórica-2ª Parte

Os fariseus e o Senador

Na linguagem popular, posso dizer que não me espanto, o desprestígio e mesmo a falta de respeito, ou se não de gratidão aos que corriam e bradavam em todos os lugares, em todas as alturas o nome, não se pronunciava nem Dinarte, mas o Senador do Coração do Povo, ou ainda, mais carinhoso, o velho Senador, tamanha era a bajulação e a vontade de ser visto ou ouvido por Dinarte Mariz. Ser visto já era alguma coisa, sinal de prestígio, e se o Senador apertasse a mão, com certeza, a depender do sujeito e da sua personalidade não a lavaria mesmo que fosse nas águas sagradas do histórico e místico Poço de Santana.

Essa mesma gente, alguns poucos que se locupletaram e fizeram carreira política no lastro do prestígio do Senador, ainda quando lhe é conveniente, fala e às vezes até chora, lágrimas de crocodilo, sentimento de víboras e relação de marcado interesse e oportunismo. Dos vermes da política, dos aproveitadores e dos abutres do “Poder Público”, para não dizer que eu disse cofres, não se pode esperar outra coisa, senão gestos e atitudes mesquinhas, incompatíveis com a dignidade dos que tem personalidade.

Não tomei conhecimento de nenhuma manifestação alusiva ao aniversário da morte do Senador, profundo silêncio, omissão total. Se quer, uma celebração foi realizada, falta de padre ou pastor não foi, pelo menos de pastores o rebanho está bem assistido, há lobos travestidos de ovelhas. Nem uma AVE MARIA foi rezada.

Avoroçados e cínicos

O Senador Dinarte Mariz, pelo que fez e pelo que representa não merece tamanho desrespeito, pelo menos na dimensão humana deveria ser lembrado, principalmente pelos que receberam o seu apreço e foram beneficiários do seu prestígio político em vida. Aqui não me refiro aos familiares, em sinal de respeito às suas vidas privadas. A constatação e a crítica são de natureza pública e não privada, ou familiar.

Hoje, Dinarte por razões óbvias, não pode mais oferecer nada, a não ser o seu legado, sua referência política e testemunho de vida pública idônea, competente, proba e de muita dedicação aos interesses públicos e da causa que o moveu durante décadas de ação política. Talvez por isso, possa ser explicado o silêncio criminoso de alguns que em situações e momentos de conveniência ainda se dizem Dinartistas, os mais avoroçados e cínicos, se dizem ainda, da bandeira vermelha do velho Senador do coração do povo.

Não é forçoso reconhecer que existem poucos, gente do povo e mesmo personalidades de diversos segmentos que respeitam e conservam a memória do Senador, estes para se ver e se encontrar, só com uma forte e potente luneta, ou melhor, seria mais apropriado um microscópio de alta resolução, preferencialmente eletrônico.

A Solidão

Passados apenas 25 anos de sua morte física, posso dizer que do ponto de vista da história é um tempo muito curto, exíguo, o que não justifica, e nem tampouco consola o pseudo- esquecimento. Não houve qualquer demonstração de afeto ou intenção de sentimento. Faltou mesmo foi gratidão e reconhecimento à memória do Senador.

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