sábado, 21 de janeiro de 2012

Mulheres do Brasil - 35ª

Mulheres que contribuíram para a formação e o desenvolvimento do Brasil.


Carolina Nabuco (1890-1981) Escritora.


Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1890. Era filha mais velha do político, abolicionista, escritor e diplomata Joaquim Nabuco. Consagrou-se por seu estilo simples e erudito, rico e profundo em conteúdo.

Sua primeira obra foi a biografia do pai. A vida de Joaquim Nabuco, concluída em 1929, após oito anos de dedicação. Muito elogiada pela crítica, a primeira edição esgotou-se em menos de um mês. O livro redeu-lhe um movimento na Academia Brasileira de Letras, liderado pelo poeta e acadêmico Alberto de Oliveira, para elegê-la membro da Casa. Carolina, considerando que a Academia, nos termos do estatuto, era reservada apenas a escritores, não aceitou o convite formalizado pessoalmente pelo poeta.

Como romancista, ganhou notoriedade com A Sucessora(1934), uma trama psicológica ambientada no Rio de Janeiro no início do século. O livro despertou curiosidade e dez especial sucesso com uma polêmica de que teria sido plagiado pela autora de Rebecca, um best-seller da escritora inglesa Daphne du Maurier, que foi levado às telas de cinema por Hitchcock. Segundo a própria escritora em Oito décadas, sua autobiografia(1973), " poucas dúvidas puderam subsistir a este respeito, após o caso haver sido amplamente estudado por Álvaro Lins, num dos seus famosos rodapés de crítica literária.(...)Pouco depois, apareceu um artigo no New York Times Book Review, ressaltando as coincidências existentes entre Rebeca e A Sucessora" e reafirmando o plágio feito pela inglesa. Anos mais tarde, o romance ganhou uma versão para TV, numa telenovela produzida pela Globo.

Oito décadas é mais que um simples livro de memórias; é um testemunho de uma época. Carolina fala dos costumes, da evolução da política brasileira e de suas impressões dos acontecimentos e personalidades que marcaram um período decisivo na história da humanidade: Einstein e a relatividade, Freud e o subconsciente, Duchamp e a arte abstrata, os avanços na medicina, a Segunda Guerra Mundial e muitos outros.

As outras obras da escritora incluem o romance Chama e cinzas (1974), a biografia A vida de Virgílio de Melo Franco (1962) e um ensaio sobre a literatura americana, Retrato dos Estados Unidos à luz de sua literatura (1967).


Fontes: Carolina Nabuco, Oito décadas; Arquivo da família. Colaboração especial de Cláudio Manuel Nabuco.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Voto: de acordo com a consciência!

" A prática de mendigar votos é absurda, perniciosa e está em completo desacordo com os verdadeiros princípios do governo representativo. O voto dos eleitores não deve ser pedido nem dado, como um favor pessoal. É tanto do interesse dos constituintes escolher bem, quanto pode ser do interesse do candidato ser escolhido. Pedir a um homem de bem que vote de acordo com a sua consciência é um insulto ".


Declarações se não contextualizadas, é pouco possível se compreender na época em que configuramos a  "Democracia" tendo o voto como maior expressão do decisório popular. O trecho acima, é a fala de um dos mais Ilustres brasileiros - Joaquim Nabuco, que na campanha de 1881 não consegue se reeleger à Câmara dos Deputados (Império).



Joaquim Nabuco, Advogado, intelectual, militante político, Deputado Federal, escritor, notabilizando-se pela luta contra a escravidão e abolicionista. Nascido aos 19 de agosto de 1849(Pernambuco/Brasil) e faleceu aos 17 de janeiro de  1910(Washington/E.U.A).


Viva Joaquim Nabuco e a luta pela abolição da exploração do modelo capitalista e da destruição da natureza.


Fonte: A vida dos grandes brasileiros-Edições Isto É.