domingo, 8 de novembro de 2009

A praga do latifúndio!

Publicarei em três partes, artigo publicado no jornal Brasil de Fato(www.brasildefato.com.br), pág.02, ano 07, número 347, de 22 a 28 de outubro de 2009, de autoria de Joãozinho Ribeiro(Poeta, compositor e ex-Secretário de Estado da Cultura do Maranhão).

O latifúndio que mata e maltrata - 1ª Parte.

Uma praga encravada no solo brasileiro conseguiu atravessar quase intocável a totalidade dos regimes políticos que já experimentamos, do império à federação republicana, chegando ao século 21 com um rastro de cruéis conseguências que até os dias de hoje enlutam milhares de famílias em todas as regiões do país - a praga do latifúndio.

A incontestável melhoria nos índices de qualidade de vida da população brasileira, usufruída nos anos da gestão do presidente Lula, ainda contrastam com o aumento da concentração da propriedade da terra e com a ampliaão do financiamento público para o agronegócio voltado único e exclusivamente para a exportação, em detrimento do crédito de mesma natureza dirigido à agricultura familiar, responsável pela produção de mais de 80% dos alimentos que chegam diariamente às nossas mesas.

O Censo Agropecuário, divulgado recetemente pelo IBGE, abrangendo um ciclo iniciado em 1995 e encerrado em 2006, revelam números que atestam graves distorções na concentração da propriedade e da produção no Brasil.

Os pobres do campo - nesse conjunto, incluídos aqueles que possuem propriedades inferiores a 10 hectares - tiveram a propriedade de suas àreas reduzidas de 9,9 milhões para 7,7 milhões de hectares, representando apenas 2,7 de todas as propriedades agrícolas do país. Por outro lado, 31.889 fazendeiros, possuidores de propriedades com extensões acima de mil hectares, respondem pela titularidade de 98 milhões de hectares.

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