domingo, 9 de agosto de 2009

Linguajar do Povo Seridoense!

Cada Comunidade, Povo, Nação, aglomerados humanos, sejam urbanos, rurais ou periféricos, apresentam modos e custumes de vida diversos, mantém ou adotam novos hábitos culturais, tudo relacionado aos seus valores e custumes, qualquer manifestação de inovação ou conservação de relações e posturas não se pode considerar de certo ou errado, é apenas o jeito de poder ser, ou mesmo de continuar a ser, mesmo que não possa ser diferente. Tudo pode ser.

Entrançamento consanguíneo

Assim a formação do Seridó, nem é melhor nem pior que a das outras regiões, é apenas diferente, desenvolveram particularidades que os conserva com alguns diferenciais, dentre os quais a sua linguagem, fruto do entrançamento consanguíneo de origem da colonização e de ocupação do espaço da terra, de indígenas, europeus e logo depois africanos. Produziu uma cultura rica de origem diversa e plural, ou seja, deste ponto de vista, pode-se até se reivindicar puro,mas com certeza não é, e nem tampouco terá possibilidade de vir a ser.

Nas 315 páginas de sua obra intitulada Palavreado Cá de Nós-Linguajar do Povo Seridoense-Dicionário Ditados Populares Expressões, o autor Max Antonio Azevedo de Medeiros, é nascido e criado em Caicó/RN, parte integrante e viva da região, retrata com fidelidade o apurado desta construção continuada e eminentemente humana de uma parte importante de nosso território e de nossa gente- O Seridó.

Dentre tantas expressões você encontrará:

PAPAFIGO: Segundo a crendice popular, é um homem que come fígado de crianças. A necessidade vem de uma doença muito rara, que só dá trégua ao consumir o fígado de criança. Os pais aproveitam a situação par amedrontar as crianças para que elas permaneçam em casa.

Cuidado, ainda tem muito Papafigo, inclusive olhando para Você.

A obra referida, trata-se da 1ª edição, Impressão Netograf-Caicó/RN, Julho de 2007.

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