O líder cubano Fidel Castro, 83 anos, pediu soluções reais e verdadeiras para o Haiti, cuja situação de extrema pobreza, segundo ele, é " uma vergonha de nossa época ".
Em sua opinião, a trajédia no país vizinho, apesar de comover as pessoas, não leva à reflexão sobre os reais motivos da pobreza haitiana. Fidel lembra que o povo haitiano levou a cabo a " primeira grande revolução social do hemisfério sul " _ em que 400 mil escravos africanos, traficados pelos europeus, se rebelaram contra o domínio de 30 mil senhores feudais, donos de plantação de cana e café ".
Alvo de saque
Para o ex-presidente cubano, o país pobre da América foi alvo de um imperialismo desatado, que saqueou suas riquezas. " O Haiti hoje constitui uma vergonha de nossa época, de um mundo onde prevaleceu a exploração e o saque da imensa maioria dos habtantes do planeta ".
Disse, ainda: " Situações como a desse país não deveriam existir em nenhum lugar da Terra, onde abundam dezenas de milhares e, às vezes, piores, em virtude de uma ordem econômica e política internacional injusta e imposta ao mundo ".
Mudanças climáticas
O líder cubano lembrou que a catástrofe que ocorreu nesse país " é apenas uma pálida sombra do que pode acontecer no planeta com as mudanças climáticas ".
Com informações do Jornal Granma, órgão do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba-artigo intitulado: A lição do Haiti. De autoria de Fidel Castro.
No Brasil também tem vítimas
Quantitativamente a quantidade de vítimas do Brasil no Haiti é ínfima em relação ao país caribenho, na sua maioria militares que compõem a Força de Paz da ONU. Mas não foi a morte de civis e militares brasileiros que causou certa comoção em nossa população. A notícia da morte de Zilda Arns, conhecida pelo seu compromisso com os pobres, em especial com as crianças e as mães, levou a um sentimento de perda e vazio muito forte, coisa parecida com a morte do inesquecível Airton Sena.
Zilda e Airton tinham coisas em comum, ambos frequentavam nossas casas, Ele caracterizadamente nos finais de semana, dias de corrida, e Ela estava presente todos os dias, estava em nosso peito, se fazia presente no aleitamento materno.
Zilda Arns Nemam, 75 anos, médica sanitarista e fundadora das pastorais da Crinaça e edo Idoso, uma das vítimas do terremoto no Haiti, foi sepultada em 16/01, em Curitiba-PR, às 16 horas.
No calor da comoção, Dom Paulo Evaristo Arns, falou como Arcebispo, mas expressou sentimentos fraternal, não poderia ser diferente, a condição de irmão aflorou, assim como as lágrimas desceram no rosto de quem encarou a luta pela liberdade como um grande desafio em tempos remotos do autoritarismo no Brasil/Ditadura Militar.
Dedico este comentário a Gorete Faustino, conterrânea do Conjunto Vila do Princípe/Caicó-RN, companheira de luta e parceira de idéias e das ações de Zilda Arns. Gorete dá para sentir a dor que brotou de dentro de você ao saberda notícia, um abraço fraterno.
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