quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

E no entanto, ela se move!

Atentamente tenho na medida do tempo possível acompanhado as notícias sobre os acontecimentos sísmicos que foram detectados pelos laboratórios de sismologia e também percebidos por parte da populaçãoda da região do Mato Grande, especialmente dos municípios de João Câmara e Poço Branco e da Grande Natal/RN, nos últimos dias.

De regra, todos podem produzir informações o que de fato ocorreu em relação ao acontecimento, no entanto, o tom de alarde e de falta de qualidade nas respectivas é na minha opinião o centro da divulgação. Perde-se assim, uma ótima oportunidade oferecida gratuitamente pela natureza de informar e bem educar a nossa população. Até neste acontecimento, a vulgaridade se manifesta com força, igual ou superior aos abalos promovios pela natureza. O besteirol é por vezes, maior do que a extensão do próprio acontecimento.

A terra é um corpo vivo e integrado, portanto, em movimento permanente, nada mais natural que se manifeste em busca dos ajustes e da melhor formar de se organizar em suas placas, assim ela procura a melhor maneira de se ajustar, como consequência de um corpo material vivo, ela se bole, é assim que os mais simples se declaram.

Responsabilidades públicas

Tenho opinião de que cabe em primeira instância ao poder público, seja em qualquer nível, proporcionar informações e assistências aos diretamente atingidos pelo contorsimento de nossa terra, principalmente no que se refere as informações e medidas a serem tomadas, com o intuito de preservar à vida em condições de segurança, bem como o patrimônio mais precioso de cada um dos envolvidos, especialmente suas casas residenciais que devem receber condições de reparação ou mesmo de novas construções se assim a situação exigir. É uma medida de direito e respeito, também de solidariedade aos aflitos da ocasião.

Penso que não devemos aproveitar a oportunidade para difundir o medo e o pânico, ou qualquer tipo de misticismo, a ocasião não permite o aproveitamento da dor e do sofrimento, ou mesmo da agonia dos que vivem na àrea do epicentro ou das adjacências. Respeitar as manisfestações do povo é mais que uma necessidade, é uma obrigação, e assim devemos proceder.

Sempre se moveu, e vai continuar a se mover

Outrora, os fenômenos e acontecimentos tinham explicações baseadas exclusivamente nos desígnios da divindade, e quem ousou se utilizar da ciência para explicar e encontrar possíveis soluções tremeu de dor físcia e psicológica, o melhor exemplo e a maior referência foi o físico e astronômo italiano Galileu Galilei, que mesmo levado ao tribunal da Santa Inquisição da Madre Igreja Católica e privado de sua liberdade de pensar, não abriu mão de suas opiniões, diga-se embasadas na pesquisa e na mais apurada ciência de então.

Não há razões para semear o pânico, o medo é uma manifestação inerente ao ser humnao, e como tal deve ser exercitado com a mais alta liberdade, o que não se pode confundir com proselitismo e terrorismo patrocinado por interesses mesquinhos de gente medíocre e sem qualidades que se assemelhem ao tipo "Gente".

Dispor da ciência neste momento acredito ser o melhor caminho para informar as populações acerca das medidas a serem tomadas como prevenção, bem como o acolhimento material e emocional, faz parte de nossa obrigação pública e privada. No mais, é se prepar e esperar novas manifestações de nossa querida mãe terra.

O Rio Grande do Norte não está isolado do resto do planeta, se em todos os lugares ela treme, qual a razão de nós sermos excluídos desta manifestação da natureza? não seria justo, né verdade? Penso que o momento é de inclusão, e você?

Diga-se, que há muito o nosso Estado treme, e por várias razões, e com certeza vai tremer muito mais. O tempo está absolutamente propício para ela se mover, onde vai chegar, aí é como se diz na gíria popular: é mistério!

Nada melhor e mais atual do que a prédica de Galileu Galilei:

E no entanto, ela se move!

Bom abalo!

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