domingo, 10 de abril de 2011

Desenvolvimento: Rios e Florestas!

"Urge que assumamos o dever de lutar pelos princípios éticos fundamentais como o respeito à vida dos seres humanos, à vida dos outros animais, à vida dos pássaros, à vida dos rios e das florestas.

Não creio na amorosidade entre mulheres e homens, entre os seres humanos, se não nos tornamos capazes de amar o mundo. A ecologia ganha uma importância fundamental neste fim de século. Ela tem que estar presente em qualquer prática educativa de caráter radical, crítico ou libertador.

Neste sentido me parece uma contradição lamentável fazer um discurso progressista, revolucionário, e ter uma prática negadora da vida. Prática poluidora do mar, das àguas, dos campos, devastadora das matas, destruídora das àrvores, ameaçadora dos animais e das aves ".


Paulo Freire, em um de seus últimos escritos(2000)-Educar para a Sustentabilidade-uma contribuição à Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, pág.15.


O Brasil dentre seus vários desafios se defronta com a possibilidade de retomar em profundidade uma agenda baseada num processo de desenvolvimento integrado, oportunizando pessoas e preservando o meio ambiente e suas riquezas naturais, que não são poucas, há uma diversidade extraordinária, ainda pouco conhecida e explorada. 


O Código Florestal

O momento é bastante oportuno, diria até favorável aos nossos interesses de nação soberana, diferenciada geopoliticamente, é o país mais importante da América Latina, sob vários aspectos. É tanto que, a proposta de modificação do Código Florestal, em tramitação na Câmara dos Deputados relatada pelo deputado Federal Aldo Rebelo/PCdoB-SP, tem gerado controvérsias diversas, fruto de interesses contraditórios que abrangem toda vida nacional.

Registre-se, que o deputado Aldo Rebelo mesmo com todo conhecimento e capacidade de diálogo tem enfrentado toda sorte de argumentos, muitos deles totalmente desprovidos de qualquer senso de interesse público, e de conhecimento da matéria em discussão. Cumprem apenas interesses contrários ao nosso projeto de desenvolvimento, que relegam pessoas, comunidades e o próprio país a uma situação de subalternidade em relação as demais nações competidoras de nossas riquezas naturais. Sem um código atualizado e em sintonia com os interesses do nosso desenvolvimento, podendo comprometer a possibilidade do alcance da cidadania, que sem dúvida ficará mais distante, ou mesmo, até impossível, pelo menos a médio prazo.


Sustentabilidade e cidadania

A reforma do Código é um presságio de que há interesses muito fortes, abertamente contraditórios, com finalidades outras, não só de preservação da natureza como se quer apresentar por algumas correntes, mesmo que fosse, estes não estão dissociados de uma agenda mais ampla, sobretudo de natureza desenvolvimentista.

Sustentabilidade não é incompatível com desenvolvimento, preservação, condições de vida dígna, preservação  da diversidade, soberania nacional e disputa de mercados.

Daí decorre a necessidade do Brasil se inserir sustentavelmente e soberanamente em escala planetária em um mundo em permanente disputa e cada vez mais degradado pelo modo de produção capitalista e de consumismo extravagante.


Desenvolvimento: preceito constitucional

Construir um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento poderá ser uma alternativa avançada para buscar a afirmação do Brasil como nação soberana, próspera material e culturalmente, desenvolvida e verdadeiramente inclusiva, tanto do ponto de vista econômico como social. Só assim, será possível alcançar o objetivo da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, cumprindo o disposto no inciso I, do artigo 3º de nossa Constituição Federal, que trata dos  fundamentos de nossa República Federativa.


Viva o Brasil!


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