Dia lindo na floresta tropical, os pássaros brincam nas folhagens. Duas onças-pintadas passeiam à sombra das árvores. Ali pertinho, um casal de tucanos tenta afastar esses perigosos bichos e jogando uma noz em uma das onças.
_ Olha, Nico!_ exclama a primeira onça. _ estes tucanos estão me oferecendo comida, porque eles me admiram muito!
_ Você deve estar bincando, Kico
As duas onças continuam a caminhar entre as plantas. Empoleirado num ramo bem alto, um gambá assustado joga um galho na onça.
_ Você viu, Nico? O gambá também quer me dar um presente. Eu sou mesmo lindo!
_ Kico, mais eu tenho muito mais manchas do que você. O gambá é muito ignorante, nem sabe contar.
Um pouco mais longe, um macaco joga uma casca de banana, que cai de novo na cabeça do Kico.
_ Desta vez, não tenho nenhuma dúvida, Nico. Este macaco quer me dar uma coroa, pois ele me acha o rei da floresta!
_ 0 macaco é esperto e ele sabe muito bem o rei que o rei sou eu. Ele quis jogar para mim e errou de alvo, só isso.
_ Me dá essa coroa_ grita Kico. _ Eu sou o mais forte! e Você é o mais fraco!
_ Você é o mais gordo_ berra Nico. _ Sou o mais magro! _ retruca.
_ Você é o mais tolo e eu sou o mais esperto!
De repente, uma onça muito maior pula até eles, com uma força e uma agilidade incríveis.
_ Kico, o que você está fzendo com esse lixo na cabeça? E você, Nico, com esse galho na boca?
_ Mas mamãe..._ reclamam as duas pequenas onças.
_ Chega! _ diz a mãe. _ Vocês não sabem brincar sem brigar! Não posso deixar vocês sozinhos nem um minuto! Lavem as patas e vam para a toca dormir!
Os filhotes abaixam a cabeça e obedecem.
A mãe fica em frente à toca, rosnando de mau humor. Assustado pelo barulho, um tamanduá-bandeira que estava tranquilamente destruindo formigueiros por ali procura um jeito de destrair a onça para poder fugir. Ele joga em sua diração a única coisa que encontra no chão: um mamão.
_ Obrigada! grita a mamãe para ele. _ Legal, mas não precisava! continua a onça em voz baixa. _ Aqui todo mundo quer me oferecer presentes. Eles sabem que a rainha desta floresta sou eu!
Texto de Florence Breton/ Editora Magia de Ler.(Revistinha da Gol nº 1).
Uma referência afetuosa a todas as crianças no mês em que se comemora o seu dia. Crianças que merecem e tem o direito de ter acesso ao livro e a literatura, como instrumentos formadores de cidadania.
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