Eu sou branco. Você é vermelha
Quando estamos juntos somos rosa.
Antes de eu conhecer você, até que eu vivia sozinho.
Comia o que eu queria, na hora que eu bem entendia.
Era liberdade, independência e auto-suficiência.
Quando vi você, fiquei feliz e vermelho de paixão.
Nem me percebi que eu já não era mais o branco
Foi então que o vermelho ameaçou me sufocar.
Comecei a me irritar e brigar com você.
No fundo era porque você era vermelha e não branca como eu queria.
Por vezes, percebi-me querendo mudar a sua cor.
Você soube permanecer vermelha, não se tornou branca.
Branca nada acrescenta ao branco. E assim, entre nós, foi-se formando a rosa.
Mas tive receio de perder a minha personalidade. Temi perder minha individualidade.
Descobri: branco para se transformar em rosa não é perder-se, desestruturar-se e desaparecer..
É crescer, complementar-se com a vermelha.
O meu temor à rosa deu lugar ao prazer da convivência, do relacionamento do amor e ser amado.
Dá mais trabalho porque nada pode e deve ser branco,mas tudo pode ser mais gostoso e rico com a cor vermelha.
Com ela vive-se o prazer, a cor, o amor. Ser rosa é carregar dentro de si a vermelha.
É ter sua presença, pela saudade, na solidão. É destacá-la no meio da multidão.
PODE SER MUITO BOM UM LANCHE BRANCO
MAS NADA SUPERA UM SINGELO JANTAR ROSA.
Pincel e tinta, misturemos as cores!
Texto, estraído do Livro Amor, Felicidade & Cia-Dr. Içamai Tiba.
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