A realização do primeiro leilão de energia eólica, previsto para 14 de dezembro, tem mobilizado empreendedores e gerado forte expectativa em relação à viabilização de projetos de geração de energia pela forças dos ventos. Importante sinalização para o setor, o leilão teve 441 projetos cadastrados, número bastante significativo e que demosntra a seriedade dos agentes eólicos, bem como a importância dada pelo setor ao certame.
Os projetos somam 13.341 MW de capacidade a ser instalada. Contudo, há ainda questões fundamentais sobre as quais é preciso refletir e agir para que a tão propagada diversificação da matriz energética brasileira se torne efetivamente uma realidade, e que a eólica tenha participação expressiva no processo.
Como ponto de partida para nortear os investimentos, é fundamental a definição de um programa de implantação da energia eólica no Brasil. Isso significa o país ter um marco regulatório e adotarmetas concretas para as energias renováveis no longo prazo, bem como sinalizar vontade política de cumprir esses objetivos.
A Associação Brasileira de Energia Eólica(Abeeólica) vem propondo o Programa 10.10 ao longo de 10 anos, que prevê a instalação de 10 mil MW ao longo de 10 anos. Essas metas são necessárias para que os investidores tenham confiança no processo. A elaboração de um planejamento setorial e industrial deve contemplar não só a definição das metas, mas quem irá controlá-las de forma regulamentada, que outros planos e ações de apoio e fomento são necessários. Por exemplo, apoio direto aos preços, aos investimentos e á pesquisa.
Artigo de: Lauro Fiúza Júnior- presidente da Abeeólica(Correio Brasiliense, 02/12/2009-sessão opinião). Amanhã dia 05/12, publicarei a 2ª/última parte.
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