sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Projeto de Desenvolvimento e Tecnologia!

A crise mundial do capitalismo, ainda em curso e que teve profunda repercussão na economia e na vida de milhões de pessoas e em diversos países e continentes, serviu dentre outras coisas para desmentir as verdades únicas e absolutas de que o deus Mercado era capaz de resolver tudo e ser solução para o restante dos problemas.

Esse era o discurso falso e impróprio dos chamados neoliberais, aqui no Brasil tão bem representado pelo intelectual Fernando Henrique Cardoso e seus aliados de governo e de opiniões. Tudo isso foi dito e repetido por quase 30 anos no Brasil e em boa parte do mundo.

Encontrando novos caminhos

Com a crise veio uma nova realidade que ainda se desenvolve e que pode seguir por caminhos diversos, consolidando e conservando ideias e valores geradores dos problemas, ou um caminho novo e diferente, com possibilidades e alternativas geradoras de novas esperanças e expectativas.

O Brasil vai superando os efeitos da crise com relativa desenvoltura, vai se tornando um ator diferenciado e prestigiado no cenário internacional, onde o seu principal diferencial é o rumo da orientação política adotada pelo chefe da nação, com o apoio dos setores progressistas e do movimento popular, social e sindical, estes coerentemente tem se posicionado favorável as idéias de mudanças, mesmo que tenham restrições sob certos aspectos de algumas medidas que ainda se mantém, ou mesmo são adotadas.

Estas medidas tem tido amplo apoio de uma base partidária e parlamentar plural e bastante elástica do ponto de vista do ideário e dos interesses que os posiciona no cenário da política nacional.

O desafio do desenvolvimento tecnológico

De regra, todos querem sair da crise e encontrar uma nova perspectiva com empregos, maior distribuição de renda, melhores condições de segurança, saúde e educação. Até aí tudo bem, mas qual é o caminho que pode nos levar a estas possibilidades e conquistas?

Discutir um caminho é de oportunidade ìmpar, são várias as opiniões o que corresponde aos vários interesses em jogo. Acredito que o desafio está posto. Construir uma alternativa baseada num projeto político avançado e comprometido com os interesses nacionais de nossa soberania, de integração regional, de afirmação da democracia, baseado no uso adequado das riquezas e potencialidades naturais, é perfeitamente possível e necessário, o que por outro lado não é fácil e nem se faz de imediato, é um processo demorado e que não seque uma linha reta, podendo se apresentar vários obstáculos em seu percurso.

O caminho necessário e oportuno é a construção de Um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, de conteúdo progressista e avançado, comprometido com os interesses da maioria do povo e referenciado em projeto de fortalecimento de nossa nação, e mais, que possa descortinar um outro estágio de desenvolvimento, que seja uma travessia para a inauguração de uma nova fase na vida da sociedade brasileira, o que denominamos de transição: o da construção de um caminho que nos permita alcançar e iniciar a construção de um modelo de Socialismo em nosso país, baseado nos valores e tradições da cultura do povo brasileiro, notadamente capaz de atender os anseios dos nossos concidadãos. Socialismo novo e cheio de esperanças, como é o início deste século XXI.

Requesito fundamental

Construir tal projeto requer vários recursos, diversos instrumentos e meios, além de uma política acertada e de caráter soberano. Edificar um padrão tecnológico compatível com as novas exigências do desenvolvimento avançado e soberano, é coisa para ontem, uma exigência da atualidade, de hoje.

É nesta dimensão que está situada o Brasil, integrante desta teia internacional, com seus limites e prioridades, em franca contradição de um mundo em profunda disputa. Há poucos dias, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, responável pela coordenação e elaboração do Plano Brasil 2022, destacou como elemento fundamental a ser enfrentado o problema da defasagem tecnológica, que é um fator de atraso do nosso desenvolvimento.

Ainda sobre este assunto, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada-IPEA, constatou o seguinte:

" As atividades de pesquisa e desenvolvimento nacional tem uma agenda defasada de pesquisa, ainda pouco estruturado e já fora do foco da disputa tecnológica ".




O Brasil tem o direito e deve ter a oportunidade desta nova possibilidade: Um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

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