" A pátria não é ninguém, são todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à idéia, á palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo: é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade.
Os que a servem são os que não invejam, os que não infamam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não delatam, os que não emudecem, os que não se acovardam, mas resistem, mas se esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo.
Porque todos os sentimentos grandes são benignos, e residem originalmente no amor. No próprio patriotismo armado o mais difícil da vocação, e a sua dignidade, não estar no matar, mas no morrer. A guerra, legitimamente, não pode ser o extermínio, nem a ambição: é simplesmente a defesa. Além desses limites, seria um flagelo bárbaro, que o patriotismo repudia.
Mas o patriotismo, praticamente, consiste, sobretudo, no trabalho. Laboremus, murmurava, expirando, o imperador romano. Laborate, estão a dizer-vos, na sua austera alegria, todos os cânticos desta solenidade, seus emblemas, seus quadros, as recordações de vossa vida entre estes muros, que aqui ficam, na constância de sua imobilidade, a hospedar outras gerações, e assistir a outras despedidas ".
Discurso pronunciado por Rui Barbosa na colação de grau dos bacharéis em Ciências e Letras do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo/RJ, em 1903.
Mais do que nunca, 2010 é um ano importante para reforçar a nossa Pátria, desenvolvendo as condições políticas necessárias a implementação de Um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, que consolide as conquistas e aprofunde as mudanças no sentido de apressar a construção de uma Nação próspera, solidária, integrada e ambientalmente sustentável.
Mãos à obra!
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