quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A lenda de Mani!

A mandioca é um tubérculo(raíz) comestível. Trata-se de um arbusto que teria sua origem no oeste do Brasil, mais precisamente no sudoeste da Amazônia. São diversas as variedades existentes.

No Brasil, a mandioca possui vários nomes(sinônimos) usados em diversas regiões do país. Na culinária, tem papel importante e diversificado, é alimento básico no Brasil e em várias regiões do mundo.

A mandioca não é somente uma possibilidade de pratos variados, mas também de estórias, até mesmo de crendices, bem como de mitos, sobretudo das populações e comunidades indígenas em nosso país, em especial na América.

Folclore e mandioca

O folclorista Luíz da Câmara Cascudo, registra alguns mitos sobre a mandioca, dentre as quais algumas lendas, aqui reproduzo uma das tantas existentes.

Alenda de Mani foi registrada em 1876, por Couto de Magalhães. Em domínio público, este foi o registro do folclorista:

" Em tempos idos, apareceu grávida a filha dum chefe indígena, que residia nas imediações do lugar em que está hoje a cidade Santarém. O chefe quis punir no autor da desonra de sua filha a ofensa que sofrera seu orgulho e, para saber quem ele era, empregou debaldes rogos, ameaças e por fim castigos severos. Tanto diante dos rogos como diante dos castigos a moça permaneceu inflexível, dizendo que nunca tinha tido relação com homem algum. O chefe tinha deliberado matá-la, quando lhe apareceu em sonho um homem branco que lhe disse que não matasse a moça, porque ela era definitivamente inocente, e não tinha tido relação com homem. Passados nove meses, ela deu à luz uma menina lindíssima e branca, causando este último fato a surpresa não só da tribo como das nações vizinhas, que vieram visitar a criança, para ver aquela nova e desconhecida raça. A criança, que teve o nome de Mani e que andava e falava precocemente, morreu ao cabo de um ano, sem ter adoecido e sem dar mostra de dor. Foi ela enterrada dentro da própria casa, descobrindo-se e regando-se diariamente a sepultura, segundo o custume do povo. Ao cabo de algum tempo, brotou da cova uma planta que, por ser inteiramente desconhecida, deixaram de arrancar. Cresceu, floresceu e deu frutos. Os pássaros que comeram os frutos se embriagaram, e este fenômeno, desconhecido dos índios, aumentou-lhes a superstição pela planta. A terra afinal fendeu-se, cavaram-na e julgaram reconhecer no fruto que encontraram o corpo de Mani. Comeram-no e assim aprenderam a usar da mandioca ".

Um mitoTupi

Câmara Cascudo acrescenta que o nome mandioca advém de Mani+oca, significa Casa de Mani. É, segundo o autor, um mito tupi, recontado em obras posteriores como Lendas dos índiso do Brasil, de Herbet Baldus(1946), e Antologia de Lendas dos índios Brasileiros, de Alberto da Costa e Silva(1956).

Para contribuir com o mito, colocamos ao seu inteiro dispor uma bela e deliciosa receita de um Bolo de Pudim(sobremesa) de mandioca/macaxeira, é uma contribuição de Gorete França-minha irmã, que também têm dotes culinários que refletem um bom gosto, em se tratando de nossa gastronomia regional.

Anote!

Ingredientes:

1 Kg de farinha de tapioca(goma)

2 1/2 litros de leite(pode ser desnatado)
2Kg de açúcar
5 colheres9sopa) de manteiga
1 lata de leite consdensado
300 gramas de côco ralado(fresco)
4 ovos de galinha(preferencialmente caipira)
200 ml de leite de côco.

Preparo:

Deixe a farinha de tpioca(goma) de molho no leite, de 3 a 4 horas.

bata as claras em neve
Acrescente as gemas, o açúcar, a manteiga derretida, bata tudo e deixe bem cremoso
Acrescente a farinha de tapioca(goma) aos poucos
Acrescente o leite condensado
Acrescente o leita de côco
Misture tudo muito bem, bata aos poucos no liquidificador(aos poucos)
Coloque em forma untada
Cubra com bastante côco ralado e fresco.

Observação: preaquecer o forno por 15 minutos a 200 graus. E, assar em forno a 250 graus, durante 1 hora.

É uma delícia.

Caia na tentação! eu já caí, e você?

Ofereço a etnia indígena Xavante em manifestação de solidariedade o presente texto ao casal indígena Saturnino Wapotowé Rudzane`edi e Maria Reru`õ (pais de Roòru) que por falta de assitência médica(omissão de socorro) faleceu aos 10 meses de vida em um posto de saúde no muncípio de Barra do Garça-Mato Grosso, fato este ocorrido no dia 26 de fevereiro de 2009. A etnia/povo Xavante são Guerreiros e ao mesmo tempo emotivos. Esta morte atingiu profundamente toda comunidade, neste aspecto revelam suas fragilidades familiares, conforme declarou Saturnino. Ele é membro do CONDRAF, representando a Coordenação Nacional das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira-COIAB.

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