Do Nordeste do Rio Grande do Norte ao Norte da Amazônia Legal, foi assim, que hoje pela madrugada, cheguei ao Estado de Roraima, em sua capital Boa Vista, na condição de Secretário de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária e Presidente da Associação Nacional dos Órgãos Estaduais de Terra-ANOTER, à convite dos Organizadores do III Congresso Internacional de Direito Amazônico, iniciado ontem em Boa Vista, e previsto para ser encerrado no próximo dia 22.
Sobre Roraima, está situado na área denominada Amazônia Legal, Região Norte, tem algumas peculiaridades, tais, como: é o Estado de maior população indígena; detentor de uma das maiores reservas de minerais do país, e tem no Monte Roraima, além de sua exuberante beleza natural, um diferenciador, não é uma fronteira comum, são três áreas de limites geográficos territotiais e de integração cultural e humana da nossa América: Brasil, Guiana e Venezuela.
No teritório Roraimense é possível encontrar, planicie, peneplano, montanhas, onde se encontra o Monte Roraima, berço e altar de Macunaíma; muitos rios em cujos vales se encontram diversas etnias indígenas, dentre as quais os Macuxis e os Wapichanas, que recentemente tiveram suas terras reconhecidas para serem remarcadas de forma contínua, área denominada Raposa Serra do Sol, sem dúvida uma grande conquista da civilização, inclusive não índia.
E ainda, nos lavrados Roraimenses vivem os famosos lavradeiros, poeticamente chamados de Cavalos Selvagens. Aqui é muito forte e presente a diversidade cultural. Nos lavrados se encontram igarapés e buritizais, além do velho Caimbé, que dizem que resiste a tudo, inclusive ao fogo predatório que invade e destrói as serras azuis. A figura do Caimbé é como a do Saci Pererê, protetora por excelência da natureza, a diferença é que tem duas pernas. Em breve falarei sobre o III Congresso e a Boa Vista.
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