" No dia dois de abril de 1964, João Pedro é assassinado de emboscada por dois soldados da Polícia Militar. Participou da emboscada o vaqueiro de uma fazenda do latifundiário Agnaldo Veloso Borges, suplente de Deputado Estadual.
O juiz de Sapé decretou a prisão preventiva de Agnaldo como um dos mandantes do crime. Mas ele livrou-se da prisão e do processo, assumindo uma cadeira na Assembléia Legislativa. Agnaldo era o 5º suplente. Um deputado e quatro suplentes renunciaram no mesmo dia para permitirem sua posse.
Em março de 1965, os dois policiais que mataram João Pedro foram absolvidos por unanimidade pelo Tribunal do Júri".
É indescritível a atitude da Assembléia Legislativa da Paraíba e quanto ao Tribunal do Júri...Bem, esse, já deveria está amedrontado pelo regime militar.
A luta de Elizabeth
Elisabeth Teixeira chegou ainda a depor em Brasília numa Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI, no dia 05 de maio de 1962, mas nada foi resolvido. Ela substituiu o marido na luta sindicalista até 1964, quando foi presa pelo famigerado regime militar e quando solta, teve que se esconder a partir do ano seguinte.Sua última aparição foi num comício trabalhista nesse mesmo ano.
Fonte: A história da cidade que o progresso naufragou(São Rafael/RN). Autor: Djalmir Arcanjo da Costa. Gráfica Santo Expedito-Jucurutu-RN, 2010.
João Pedro Teixeira era uma das principais lideranças das Ligas Camponesas no estado da Paraíba, casado com Elisabet Teixeira, e foi a primeira liderança da Reforma Agrária assassinada pela ditadura militar. Elisabeth fugindo da ditadura teve que sair da região em que vivia e seus filhos foram "distribuídos" entre parentes. Viveu em São Rafael/RN, por mais de 16 anos, lá foi professora e era conhecida como Dona Marta. Em Cabra Marcado para Morrer, o cineasta Eduardo Coutinho narra a saga de resistência de João Pedro e Elisabeth.
Viva João Pedro e @s lutador@es da Reforma Agrária!
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