domingo, 7 de novembro de 2010

Eloy de Souza, Dilma e o desenvolvimento regional!

" O que nos cumpre é promover com tenacidade e esforço a regeneração do nosso meio econômico, e para tanto temos os atores que justificam as obras destinadas a esta finalidade: o homem, a terra e a água. O que se deve fazer é prender essa água e distribuí-la como elemento fecundante nas terras agora improdutivas, para que o homem capaz trabalhe estas terras e restitua à Nação, como certamente restituirá com o produto das lavouras, todo dinheiro que a Nação tiver de empregar para esta finalidade ".


Eloy de Souza(1873-1959). O Calvário das Secas. Editora Cátedra/Pró-Memória-Instituto Nacional do Livro. Fundação José Augusto. 1983, pág- 28. 



O pós-eleitoral da disputa presidencial, revelou para todos os brasileiros que nem todos estão de acordo com o projeto vitorioso nas urnas em 31 de outubro de 2010. A vitória de Dilma que encarna um Projeto de mudanças comprometido com o desenvolvimento, a geração de emprego e renda, sustentabilidade em seus mais diversos aspectos, fortalecimento da democracia e afirmação da soberania, não agrada aos que historicamente se colocaram contra o país e seus mais nobres interesses de emancipação, sobretudo no campo do trabalho e da economia, pois tais fatores, são decisivos para possibilitar a melhoria da qualidade de vida dos excluídos e marginalizados do modelo de sociedade capitalista ainda em voga em solo pátrio.

A direita derrotada em seus propósitos imediatos, ainda não se refez emocionalmente da derrota eleitoral do seu projeto político representado pelo paulista José Serra, um tucano de alma obscurantista e de compromissos entreguistas, que no desespero do aperto das idèias em discussão, estimulou os sentimentos e valores mais sórdidos no ambiente da disputa eleitoral, priorizando temas como o aborto e a religiosidade, marginalizando os temas de reais interesse que poderiam motivar o debate político-eleitoral numa perspectiva mais inclusiva de participação das diversas camadas  sociais.


Eloy de Souza e o desenvolvimento regional


Expressões do tipo: mate um nordestino afogado, correspondem a um pós-eleitoral carregado de preconceitos e ódio de classe, revelando sentimento de superioridade de uma região em detrimento de outra. Renasce no leito do ideário tucano, o sentimento de que os paulistas sustentam materialmente os nordestinos, ao contrário, com o seu  trabalho construíram a riqueza apropriada pelos paulistas. Que pobreza! para não dizer outra coisa.

Eloy de Souza, mesmo sendo um político conservador de sua época histórica, se insurgiu contra qualquer manifestação que reforçasse o sentimento de incapacidade e indisposição para o trabalho do povo nordestino. Pelo contrário, afirmava a tarefa do Poder Público, manifesta em gesto de obrigação e compromisso de Estado era o de estimular e patrocinar condições para se desenvolver uma região rica de talentos e meios, proporcionando assim, as condições adequadas ao seu desenvolvimento e a valorização do seu povo.

Há exatos 72 anos, ainda permanece viva a luta dos que acreditam nas mudanças e transformações possíveis no Nordeste, como Eloy de Souza, e os que mantém no preconceito o alimento de suas idéias e práticas de exclusão e xenofobia.

Mais do que nunca, é atual o preceito constitucional republicano de buscar erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais.



Parabéns ao Brasil que elegeu Dilma e seu Projeto de mudanças!


Viva Eloy de Souza!

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